
Nativos e Imigrantes Digitais
A expressão “nativos digitais e imigrantes digitais” foram utilizadas pela primeira vez pelo Nova-iorquino Mark Prensky no artigo de 2001 intitulado Digital Nativis, Digital Immigrantes”. Neste artigo Prensky (2001) faz referência aos imigrantes digitais como os que chegam mais tarde as tecnologias e aos nativos digitais, aqueles que, já nascidos na era digital, utilizam com frequências essas tecnologias. Os nativos digitais estão acostumados a receber informações muito rapidamente, gostando de processar mais de uma coisa por vez e executar múltiplas tarefas. Já os imigrantes digitais tem pouca apreciação a estas habilidades, sendo consideradas habilidades estrangeiras aos olhos dos imigrantes, que só conseguem fazer algo seriamente bem realizado, uma coisa de cada vez.
Prensky (2001) menciona que os imigrantes digitais não acreditam que seus alunos podem aprender enquanto assistem TV, ouvem músicas, acessam chats, redes sociais entre outros. Isso porque eles, considerados imigrantes digitais, não conseguem, acreditando que a aprendizagem não pode ser divertida.
É importante ressaltar fundamentados em Prensky (2001) que o maior desafio encontrado pelos professores é abrir mão do papel de controlador para assumir o de guia dos alunos., compreendendo que estes pensam e processam as informações bem diferentes das gerações anteriores. Desse modo, percebe-se que introduzir novas tecnologias na sala de aula não quer dizer que irá melhorar o aprendizado. De acordo com Demo (2002) o problema principal da escola não está no aluno, mas na recuperação da competência do professor. Na verdade, a tecnologia dá apoio a pedagogia e não a pedagogia dá apoio a tecnologia. O que se propõe é adaptar-se as novas e complexas demandas educacionais das novas tecnologias, o que exige do profissional da educação inovação da prática.
Segundo Guerreiro (2006) inovar é a capacidade de ver de outro modo o objeto já observado e descrito por muitos, que exige deste, criatividade e mudança de paradigmas no processo de formação do ensino aprendizagem dos nativos digitais. Ainda para Guerreiro (2006) a inclusão digital dos professores e escolas é uma necessidade urgente e seu aperfeiçoamento é imprescindível para poder interagir com os nativos digitais.
Desse modo, percebe-se que é indispensável olhar para esse desafio e transformá-lo em situações verídicas. À luz de algumas concepções Bauman (2005) anota que “a moderna forma de ser consiste na mudança compulsiva, obsessiva: Na refutação do que “meramente é” em nome do que poderia - e no mesmo sentido deveria - ser posto em seu lugar” (p.34). Nesse sentido, ou se moderniza tecnologicamente ou perece. Assim, é preciso mudar o foco para as metas que possam ser alcançadas. Buscar, pesquisar, aprimorar, rever, quebrar paradigmas dentro do contexto educacional. Utilizar-se da tecnologia digital, superando desafios, refletir sua prática pedagógica, inovar, serão pontos determinantes no desenvolvimento do processo de ensino aprendizagem na era digital.
REFERÊNCIAS
ASSMANN, Hugo. Metáforas novas para reencantar a educação: epistemologia e didática. Piracicaba: UNIMEP, 1998.
BAUMAN, Zygmunt. Vidas desperdiçados. Tradução Carlos Alberto Medeiros. – Jorge Zahar Ed. Rio de Janeiro, 2005 170p.
DEMO, Pedro. Saber Pensar. São Paulo: Cortez, 2000.
GUERREIRO, Evandro Prestes. Cidade digital: infoinclusão social e tecnologia em rede. : Editora Senac. São Paulo: 2006.
PRENSKY, Mark. Digitais Nativis, Digitais Immigrantes. Disponível em: < <https://www.revistaepoca.globo.com/revista/epoca> > Acesso em : 29 de Março de 2014.
SANCHO, Juana. M : HERNÁNDEZ, Fernando. Tecnologias para transformar a educação.- Porto Alegre: Artmed, 2006
A geração Contemporânea
Nasce uma nova era
A era da tecnologia
Tudo se moderniza
Inclusive a pedagogia
Vários recursos da mídia
Oferecendo novas aprendizagens
Sempre proporcionando
Experiências de linguagens
Informações com rapidez
Multitarefas processadas
Impossível não aprender
Gerando opiniões formadas
Redes sociais
Abrem espaço
Nativos são pioneiros
Tecnologia na vida
Escola não chega primeiro
São internautas
Do ciberespaço
Inovadores do sistema
Geração contemporânea
Infância sem dilema
Tantos desafios
Agora à enfrentar
Imigrantes professores
Século XXI vivenciar
Autoras: Erivânia Silva
Magda Ventura
Cintya Santos
Ivaneide Souza